24 de setembro de 2012

May The Magic Of The Night Find You...



Bocas OnLine

10 comentários:

Anónimo disse...

A magia da noite podem ser os sonhos

"não é um sonho, juro, são apenas as minhas mãos sobre a tua nudez como uma sombra no deserto. É apenas este rio que me percorre há muito e desagua em ti, porque tu és o mar que acolhe os meus destroços"

Seraphyta disse...

Anónimo,

"Eu sei, não te conheço mas existes.
[...] apenas me dói a tua ausência
como uma fogueira
ou um grito..."

Anónimo disse...

"haverá talvez uma fala onde nos poderemos encontrar
sem que a tua mão esqueça a minha, sem que o sorriso
esconda o vazio, uma fala que só possa e saiba dizer nós.
haverá talvez um poema em que o soluço aperte as veias
como o rio aperta o mar, um poema em que eu e tu
dormimos sobre o luminoso esplendor do universo."

Seraphyta disse...



"Não há mais sublime sedução do que saber esperar alguém..."

Anónimo disse...

"Acabei hoje o sabonete cujo uso iniciaste aquando
o teu último banho cá em casa. Ficaram coisas que
te pertencem e que não sei se deva guardar,
a saber: um candeeiro, um desenho, uma fotografia.
Outras coisas ficaram
alguns discos e já não sei que livro. Não ferem
tanto. Há ainda a memória da pele, o amarelo dos
olhos e algumas expressões do teu português falado.
Mas estas últimas coisas já se confundem com o
espírito da casa, quero dizer-te com a poeira da
casa."

Seraphyta disse...

Anónimo,

"...haverá talvez um poema em que o soluço aperte as veias..."

Acabou de acontecer.


"
Diz o meu nome
pronuncia-o
como se as sílabas te queimassem os lábios
sopra-o com a suavidade
de uma confidência
para que o escuro apeteça
para que se desatem os teus cabelos
para que aconteça

Porque eu cresço para ti
sou eu dentro de ti
que bebe a última gota
e te conduzo a um lugar
sem tempo nem contorno

Porque apenas para os teus olhos
sou gesto e cor
e dentro de ti
me recolho ferido
exausto dos combates
em que a mim próprio me venci..."

Anónimo disse...

E isso é bom? O soluço apertar as veias?

"no tempo em que éramos felizes não chovia.
levantávamo-nos juntos, abraçados ao sol.
as manhãs eram um céu infinito. o nosso amor
era as manhãs. no tempo em que éramos felizes
o horizonte tocava-se com a ponta dos dedos.
as marés traziam o fim da tarde e não víamos
mais do que o olhar um do outro. brincávamos
e éramos crianças felizes. às vezes ainda
te espero como te esperava quando chegavas
com o uniforme lindo da tua inocência.
há muito tempo que te espero. há muito tempo que não vens."

Seraphyta disse...

Anónimo,

Se é bom...o soluço apertar as veias?
É asfixiante quando se sabe que já é tarde...

"e na palma da tua mão
busco ternura
sem contar meses,
anos,dias,
sem saber dizer
se já te chorei
por inteiro
o suficiente
para não voltar
a perder-te"

Anónimo disse...

Asfixiante? A asfixia do desassossego? :-)

"Lembro-me do som dos teus passos,
uma respiração apressada, ou um princípio de lágrimas,
e a tua figura luminosa atravessando a praça
até desaparecer. Ainda ali fiquei algum tempo, isto é,
o tempo suficiente para me aperceber de que, sem estares ali,
continuavas ao meu lado. E ainda hoje me acompanha
essa doente sensação que
me deixaste como amada
recordação."

Seraphyta disse...

Anónimo[a]

"Não imaginas, ninguém imagina, como o meu peito
ficou vazio depois de partires. O teu sorriso existia
ainda dentro de mim, mas já não eras tu. era a tua
imagem.
Não penso para onde foste porque o meu peito, sem
ti, fica atravessado por lâminas. Tenho um silêncio
dentro. Toco os sítios onde estiveram as tuas mãos.
Sinto o que sentiste.
Fico acordado de noite, com a esperança secreta de que possas regressar"