19 de setembro de 2012

Há Coisas Que Uma Mala Nunca Leva...

E contarei por fim, se alguém quiser saber, que o teu silêncio
foi de tal densidade, de tal espessura, que não consegui
escutar nenhuma das vozes que vieram depois de ti e, pior
do que isso, me esqueci com indiferença das mais antigas,
pelo que as minhas noites se tornaram uma tão longa
e solitária travessia que ainda esta manhã acordei ao lado
da tua sombra e respondi baixinho, mesmo sem ninguém
me perguntar, que há coisas que uma mala nunca leva.

Maria Do Rosário Pedreira

Bocas OnLine

4 comentários:

Seven disse...

Daqui http://somethingdifferentfromthis.tumblr.com/

Seraphyta disse...

Steven,

Maria do Rosario Pedreira...Algo em Comum.

;)

Anónimo disse...

"Espero que venhas
E quando chegas
Não sei se és
Espero
Esgatanhando
Os vidros da janela
Com as garras
Que me crescem nos olhos
Quando te chamo
Porque eu não sei
Se vens porque me queres
Ou vens porque te amo!"

Seraphyta disse...

Anónimo,

"...a noite é um poema que conheço de cor e vou cantar-to até adormeceres...”