31 de janeiro de 2012

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Não escrevo a ninguém, deixei de dar notícias.
ninguém precisa de saber onde me encontro,
se cheguei bem, se vou partir,
se mudei de rosto ou de máscara.

Al Berto

Bocas OnLine

4 comentários:

Anónimo disse...

huuummm...essa será uma fase necessária quando queremos reflectir e renovar coisas que antes pareciam intocáveis.

Seraphyta disse...

Quim,

Sim...uma fase necessária para renascer depois da revolta :)

Bj

Anónimo disse...

«Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.»

Álvaro de Campos, Tabacaria (excerto)

Seraphyta disse...

Anónimo,

Obrigada pelo comentário.

[...]
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.
[...]

Belíssimo!