27 de dezembro de 2012

Dias Estranhos


"...Comecei a desaparecer no dia em que os meus olhos se afundaram nos teus.
Agora que os teus olhos se fecharam sei que não voltarás a devolver-me os meus..."

Inês Pedrosa

Bocas OnLine

5 comentários:

R disse...

É o retrato do vazio... de uma ânsia que nos deixa órfãos...

Beijo...

Anónimo disse...

"Sou o que espera na noite. Sou o que chora
na sombra. Sou o que espera a tua passagem
silenciosa, os teus quadris ardentes
navegando na noite impassível.

Espero-te. Espero-te. Um perfume ergue-se
das tuas mãos, um punhal. Toca-me o sangue.
Sou o que espera na solidão inquieta
e toma a luz pela luz dos teus cabelos"

Anónimo disse...

Nossa...

Eu amo amo amo amo o livro de onde foram tiradas essas perfeitas palavras...

Fazes-me Falta...

Inês usa de uma narrativa única para explicar o nosso coração de fado.

Gosto da poesia logo no início, denunciando a fome da vida, de se apegar até os dentes á vida: (por amor)

Feliz assim por teres tudo o que sou?
Feliz por perderes tudo o que sei?
Só não te dou o que não serei.
Não, a minha morte, não ta dou.
Pedro Tamen

Pode fechar os olhos, e até levar os meus e nunca devolver...eu dou. Mas não, a minha morte não ta dou.

FODA.

Um ENORME sorriso
:)

Seraphyta disse...

Olá Cila!!

Espero que o teu Ano Novo de 2013 seja repleto de paz e tranquilidade.

A escrita da Inês Pedrosa é poderosa! Deixa-nos sem palavras :)

"Pode fechar os olhos, e até levar os meus e nunca devolver...eu dou. Mas não, a minha morte não ta dou"

Sublime!!

Um beijinho :)

Seraphyta disse...

Anónimo,

"Toca-me o sangue. Ordeno que me toques
o sangue. Este rio que corre nos meus olhos,
a música silenciosa que o mar vem entregar
quando os homens regressam do crepúsculo.

Vê como estou vivo. Vê como sabem a terra
as minhas palavras. Vê como tenho ensanguentadas
as minhas palavras perdidas, esses barcos
que a tempestade teme e as aves anunciam"