10 de novembro de 2012

Podes Deitar-Te Na Minha Cama E Contar-Me Mentiras

Hoje podes deitar-te na minha cama
e contar-me mentiras - dizer, não sei,
que o amor tem a forma da minha mão
ou que os meus beijos são perguntas que
não queres que ninguém te faça senão

eu; que as flores bordadas na dobra do
meu lençol são de jardins perfeitos que
antes só existiam nos teus sonhos; e que
na curva dos meus braços as horas são
mais pequenas do que uma voz que no

escuro se apagasse. Hoje podes rasgar
cidades no mapa do meu corpo e
inventar que descobriste um continente
novo - uma pátria solar onde gostavas
de morrer e ter nascido. Eu não me

importo com nada do que me digas esta
noite: amo-te, e amar-te é reconhecer o
pólen excessivo das corolas, o seu vermelho
impossível. Mas amanhã, antes de partires,

não digas nada, não me beijes nas costas
do meu sono. Leva-me contigo para sempre
ou deixa-me dormir - eu não quero ser
apenas um nome deitado entre outros nomes.

Maria Do Rosário Pedreira

Bocas OnLine

9 comentários:

Anónimo disse...

" Preciso amar-te por isso digo fica esta
noite, depois os dias do nosso trabalho
farão luz sobre o tempo. Tenho na cabeça
a tempestade, tantas vezes recordo aquele
corpo que não sabia do prazer que me dava,
tantas vezes acordo e o seu nome quase
me escapa dos lábios, reconheço as feridas,
os golpes todos, se lembro é porque quero
esquecer. Fica esta noite, mais outra, o
tempo que demora a cumprir a decisão de
amar-te"

Seraphyta disse...

Anónimo,

Onde Te Esperar...

Quero de ti o que for simples
um aceno um postal
o teu nome numa concha.
Ter apenas isto:
um banco de jardim
onde te esperar
e esperar.

Anónimo disse...

"Pergunta-me
se te voltei a encontrar
de todas as vezes que me detive
junto das pontes enevoada
se se eras tu quem eu via
na infinita dispersão do meu ser
se eras tu que reunias pedaços do meu poema
reconstruindo a folha rasgada na minha mão descrente"

Seraphyta disse...

Anónimo,

"...a noite tornou-se patética sem ti
não tinha sentido pensar em ti e não sair a correr para a rua
procurar-te imediatamente
correr a cidade duma ponta a outra
só para te dizer boa noite ou talvez tocar-te
e morrer
como quando me tocaste a testa e eu não pude reconhecer-te
apesar de tudo senti a mão sabia que era a tua mão
mas não podia reconhecer-te
sim
correr a cidade procurar-te mesmo que me afastasses
mesmo que nem me olhasses
mesmo que me dissesses coisas que me
mesmo que
e ter a certeza de que serias tu depois a procurar-me..."

Seraphyta disse...

Anónimo,

""Pergunta-me
se te voltei a encontrar"

Encontraste-te?

Anónimo disse...

Não, infelizmente não. Mas não por falta de tentativas.

"Estranho é o sono que não te devolve.
Como é estrangeiro o sossego
de quem não espera recado.
Essa sombra como é a alma
de quem já só por dentro se ilumina
e surpreende
e por fora é
apenas peso de ser tarde.Como é
amargo não poder guardar-te
em chão mais próximo do coração."

Seraphyta disse...

Anónimo,

Infelizmente...

"Stop all the clocks, cut off the telephone.
Prevent the dog from barking with a juicy bone.
Silence the pianos and with muffled drum.
Bring out the coffin, let the mourners come.
Let aeroplanes circle moaning overhead.
Scribbling on the sky the message He is Dead.
Put crepe bows round the white necks of the public doves.
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.
He was my North, my South, my East and West.
My working week and my Sunday rest.
My noon, my midnight, my talk, my song.
I thought that love would last forever: I was wrong.
The stars are not wanted now; put out every one.
Pack up the moon and dismantle the sun.
Pour away the ocean and sweep up the woods"

He was my North, my South, my East and West.

Anónimo disse...

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