21 de agosto de 2012

Não Demores A Chamar-Me


Quando acordo devolvo a mente ao corpo descansado, exaurido de todo o mal, de todo o perigo, mas nem sempre passo os dias sossegado. O coração pressente tua continua ausência, este mal-estar que tem a ver com as sucessivas tentativas de ser feliz e nunca conseguir. Passei a vida nisto.
É provável que fale de ti para descobrir onde é que ainda gosto de mim. No fundo, tu não existes, ou já não existes dentro de mim, fazes parte do meu falhanço. Surge o risco de enlouquecer sozinho. Mas, se me estiveres a ouvir, ajuda-me a caminhar na tua direcção. Não me dês espelhos, não me enganes mais, não demores a chamar-me.

Al Berto

Bocas OnLine

3 comentários:

R disse...

Clamar ardentemente pelo invisível pode, por vezes, materializar uma avalanche emocional.

O curioso é que apenas no silêncio de um pico deserto recebemos uma visita leal.

Anónimo disse...

Al Berto. Que grande tradutor de sentimentos. Até no mais profundo sofrimento encontramos beleza.
Gosto-te

Seraphyta disse...

Eros,

Obrigada pelo comentário.
És um querido.

Beijo Grande

Skin n Under,

Obrigadaaa pelo comment ;)

Um beijo Grande e um excelente domingo;)