31 de março de 2013

Quantas Pessoas Caminham Contra Mim?

Quantas pessoas caminham na
minha direcção? Quantas me
descobrem por entre a multidão
e pousam os seus olhos inteiros
nos meus olhos? Podia acreditar

que entre elas está o homem que
trocaria comigo os dedos sobre a
mesa, uma palavra que fosse gomo
de laranja e poema, o corpo aceso

sob o lençol cansado de mais um
dia. Mas quantos destes rostos de
pedra que me cercam escondem o
seu pelas ruas desta tarde? Quantos
nomes de acaso e de silêncio terei
eu de escutar para descobrir o seu

no meu ouvido? Quantas pessoas
caminham contra mim?

Maria Do Rosário Pedreira

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30 de março de 2013

In Trouble



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Regresso Devagar Ao Teu Sorriso Como Quem Volta A Casa




Regresso devagar ao teu sorriso como quem volta a casa.

Faço de conta que não é nada comigo.

Distraído percorro o caminho familiar da saudade, pequeninas coisas me prendem, uma tarde num café, um livro.

Devagar te amo e ás vezes depressa, meu amor, e ás vezes faço coisas que não devo, regresso devagar a tua casa, compro um livro, entro no amor como em casa.

Manuel António Pina

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Yessss


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21 de março de 2013

Preciso Olhar Para Ti Durante 27 Segundos...


Há três dias que durmo desordenadamente.
Transpiro e acordo e vejo casas que são desdobramentos da minha própria casa.
A verdade é que preciso de ti para um poema.
Preciso que te passeies por uma dessas casas, que te sentes, que te deites.
Preciso olhar para ti durante 27 segundos...

Vasco Gato

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A Quantos Beijos Estamos Hoje De Distância?



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20 de março de 2013

I Swear I Died Inside That Night



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Um Sonho...


Tudo o que vemos ou parecemos...não passa de um sonho dentro de um sonho.

Edgar Allan Poe

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18 de março de 2013

Pajaros


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Look...My Mouth...My Finger


Compreendo e respeito todos aqueles [as] que fazem comentários de uma forma anónima.
Mas, quem o faz usando a capa do anonimato para insultar só demonstra ser imensamente cobarde.

Minha cara amiga [o] eu sei quem tu és... e, se no passado formalizei uma queixa contra ti na Polícia Judiciária, posso fazê-lo novamente.
Cyberbullying é crime!

Recordo-te a definição do Cyberbulling [Podes sofrer de diarreia mental e não teres conhecimento do significado]
"O uso de tecnologias de comunicação e informação como forma de levar a cabo comportamentos deliberados, repetidos, hostis contra um indivíduo ou grupo, com a intenção de causar dano"

E se afirmas que sou louca aqui vai um pouco da minha loucura....

Lick My Finger And Fuck You!

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15 de março de 2013

Beber Horas Roubadas


Chama-se amor a isto:
beber horas roubadas,
no receio constante
de que alguém as descubra
. . . . . (assim se tem cadastro!);
morder com pressa
a polpa dos minutos,
sem lhes sorver o sumo,
sem lhes tirar a casca
. . . . . (assim se apanham úlceras!);
ter este modo brusco
de engolir os segundos,
como se fossem cápsulas
de qualquer barbitúrico
. . . . . (assim se morre às vezes!)
O culpado: este cão
que trazemos bem preso,
todo agarrado ao pulso,
e a que chamamos Tempo.
. . . . . (sempre a ganir de susto.)

David Mourão - Ferreira

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Do You Really Want To Hurt Me...



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14 de março de 2013

Estendi A Mão Por Qualquer Coisa Inocente


Estendi a mão por qualquer coisa inocente
uma pedra, um fio de erva, um milagre
preciso que me digas agora
uma coisa inocente.

Não uses palavras
qualquer palavra que me digas há-de doer
pelo menos mil anos
não te prepares, não desejes os detalhes
preciso que docemente o vento
o longínquo e o próximo
espalhe o amor que não teme.

Não uses palavras
se me segredas
aquilo que no fundo das nossas mentiras
se tornou uma verdade sublime.

José Tolentino Mendonça

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Quero Oferecer-Te A Paz De Um Sonho Aberto



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This Is A Story About Love


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Bom Dia!


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13 de março de 2013

Will You Let Me Down?


In these hard time for dreamers.
Are you a port in stormy season?

Will you let me down?

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10 de março de 2013

Dançava...Às Vezes, Por Dentro De Si Mesma


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Na Montra De Uma Loja Do Nosso Sono


Deixas rasto no meu peito durante horas. Dou com
cabelos teus colados, dias depois, à roupa do meu sorriso.
Encontro nos vincos mais longínquos dos meus
dedos o cheiro parado do teu olhar tão móvel. Procuro-te
nas esquinas dos instantes que passam. Reconheço-te
no vinco que a ternura deixa na carne do peito do
meu olhar, aquele que deito para longe, para outra esquina,
de onde recebo mensagens de outro olhar igualmente
teu, igualmente meu, reflectido na montra de
uma loja do nosso sono.

Manuel Cintra

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