" E é estranho como uma vida inteira se me resuma a uma palavra. Possivelmente por ser a única a dizer tudo o que valeu a pena saber. E se resuma também à tua imagem, no instantâneo do teu passar. E agora que tudo findou, penso que a perfeição do teu destino no meu seria ouvir-te ainda uma vez, de passagem, também te amo. Uma vez ainda. Ainda. Assim eu te escrevo para te demorares um pouco. Talvez voltes a dizer-mo. E eu a ti. Voltarei a escrever-te? Para voltares a existir no que escrevo de ti. Demora-te hoje ao menos ainda um momento."
"“Não sei a cor dos teus olhos, o som da tua voz, o toque da tua pele. Não conheço a tua idade, o lugar onde vives, de que te alimentas. Não posso adivinhar quem amas ou amaste, se sofres de alguma irrecuperável doença, quais as paisagens que preferes, que música ouves. Sei que espero todos os dias uma ou duas frases que me permitam continuar a respirar neste mundo.”
"guarda-me adormecida para sempre no teu peito ou deixa-me voar uma vez mais sobre esta terra de ninguém onde morro por qualquer coisa que me fale de ti"
Há noites assim em que o silêncio se transforma ao de leve numa lâmina que minuciosamente rasga o linho onde ficou esquecido o corpo que habitamos em provisórias madrugadas felizes...
E eu adormecida para sempre no teu peito. E eu acorrentada para sempre no teu peito. E de novo entre nós aquele choro de quem não teve tempo de preparar a despedida com as palavras certas;
"e na palma da tua mão busco ternura sem contar meses, anos, dias, sem saber dizer se já te chorei por inteiro o suficiente para não voltar a perder-te."
10 comentários:
Olá Moça :)
Agradeço as palavras deixadas lá no meu labiríntico espaço...
Na verdade, as palavras e imagens daqui, são muito mais belas.
Verdade seja dita :)
Permita-me visitar cada canto, recanto, cântico.
;)
Não só posso, como imploro em ficar...
Beijo
Cila :)
Podes visitar-me sempre que quiseres...a minha porta está aberta para Ti
Beijinhos
Eros,
Podes e deves ficar por aqui.
Quando me ausento, implora-me e eu volto :)
Beijo
" E é estranho como uma vida inteira se me resuma a uma palavra. Possivelmente por ser a única a dizer tudo o que valeu a pena saber. E se resuma também à tua imagem, no instantâneo do teu passar. E agora que tudo findou, penso que a perfeição do teu destino no meu seria ouvir-te ainda uma vez, de passagem, também te amo. Uma vez ainda. Ainda. Assim eu te escrevo para te demorares um pouco. Talvez voltes a dizer-mo. E eu a ti. Voltarei a escrever-te? Para voltares a existir no que escrevo de ti. Demora-te hoje ao menos ainda um momento."
Anónimo,
"“Não sei a cor dos teus olhos, o som da tua voz, o toque da tua pele. Não conheço a tua idade, o lugar onde vives, de que te alimentas. Não posso adivinhar quem amas ou amaste, se sofres de alguma irrecuperável doença, quais as paisagens que preferes, que música ouves. Sei que espero todos os dias uma ou duas frases que me permitam continuar a respirar neste mundo.”
"guarda-me
adormecida para sempre no teu peito
ou deixa-me voar uma vez mais sobre
esta terra de ninguém onde morro
por qualquer coisa que me fale de ti"
Anónimo,
:)
Há noites assim em que o silêncio se transforma
ao de leve numa lâmina que minuciosamente
rasga o linho onde ficou esquecido
o corpo que habitamos
em provisórias madrugadas felizes...
E eu adormecida para sempre no teu peito.
E eu acorrentada para sempre no teu peito.
E de novo entre nós aquele choro de quem
não teve tempo de preparar a despedida
com as palavras certas;
:-)
"e na palma da tua mão
busco ternura
sem contar meses,
anos, dias,
sem saber dizer
se já te chorei
por inteiro
o suficiente
para não voltar
a perder-te."
Anónimo,
"...lá fora, o homem curado
deita-se à beira-mar
abraçado ao teu nome
a espuma vem morrer
à nossa cama
para buscar as tuas lágrimas
abro os olhos e digo-te:
ensina-me de novo a ter mãos"
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