"Três fósforos um a um acesos na noite O primeiro para ver o teu rosto inteiro O segundo para ver os teus olhos O terceiro para ver a tua boca E toda a escuridão para recordar tudo isso Apertando-te nos braços"
"...deixa que a minha boca desfaça no teu corpo os caminhos da casa a que um dia vais querer voltar porque terás sempre o meu nome a rebentar das tuas veias e hás-de esquecer entre os dentes a areia que media o tempo das esperas vermelho e leve como as romãs de novembro
e muito mais tarde alguém te vai pedir amor como se fosse um fruto fora de época ou o cheiro a incenso de um domingo de província e tu não vais ter nada para dar porque tudo o que havia eu já levei comigo entre os cigarros / os retratos / a roupa amarrotada..."
10 comentários:
E como eu preciso do ópio!
Beijinho, fazes falta aqui.
Eros,
Todos nós precisamos de "ópio" em alguns momentos das nossas vidas :)
Obrigada pelo apoio.
Beijinho
"Três fósforos um a um acesos na noite
O primeiro para ver o teu rosto inteiro
O segundo para ver os teus olhos
O terceiro para ver a tua boca
E toda a escuridão para recordar tudo isso
Apertando-te nos braços"
Anónimo,
"Apaixonar-se sozinha é apaixonar-se pelo silêncio.
Um silêncio com fumos e espelhos.
O amor, se é alguma coisa, é dos que se olham."
"Nao tenho mais palavras.
Gastei-as a negar-te...
( Só a negar-te eu pude combater
o terror de te ver em toda a parte)"
Anónimo,
Gostei..Excelente escolha [Miguel Torga]
"As palavras aproximam:
prendem-soltam
são montanhas de espuma
que se faz-desfaz
na areia da fala
...
Ou então não:
matam
afogam
separam definitivamente..."
"E chega um dia em que reconhecemos
finalmente
a injustiça das palavras –
exactamente as mesmas para quem vai e para quem fica
um dia
em que não há mais passado para contar
nem mais futuro para viver
apenas uma velha cantiga a embalar
uma casa desaparecida
e este limbo ocasional
onde o corpo
espera que anoiteça"
Anónimo,
"...deixa que a minha boca desfaça no teu corpo
os caminhos da casa a que um dia
vais querer voltar
porque terás sempre o meu nome
a rebentar das tuas veias
e hás-de esquecer entre os dentes
a areia que media o tempo das esperas
vermelho e leve como as romãs de novembro
e muito mais tarde alguém te vai pedir amor
como se fosse um fruto fora de época
ou o cheiro a incenso de um domingo de província
e tu não vais ter nada para dar
porque tudo o que havia eu já levei comigo
entre os cigarros / os retratos / a roupa amarrotada..."
"Quando te procuro,
a tua música cala-se e não me procura,
ao longe.
É apenas um lamento no ar,
uma voz de pedra,
um violino ardido."
Anónimo,
Não há mais sublime sedução do que saber esperar alguém...
http://www.youtube.com/watch?v=7igDwNCos-w
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