Nesta noite sei apenas dos teus gestos
e procuro o teu corpo para além dos meus dedos.
e procuro o teu corpo para além dos meus dedos.
Trago as mãos distantes do teu peito.
Sim, tu estás em toda a parte. Em toda a parte.
Tão por dentro de mim. Tão ausente de mim.
E eu estou perto de ti porque te amo.
Tão por dentro de mim. Tão ausente de mim.
E eu estou perto de ti porque te amo.
Joaquim Pessoa
Bocas OnLine
10 comentários:
"Horas, horas sem fim,
pesadas, fundas,
esperarei por ti
até que todas as coisas sejam mudas.
Até que uma pedra irrompa
e floresça.
Até que um pássaro me saia da garganta
e no silêncio desapareça"
Anónimo,
Esperas?
"...Toda a manhã
fui ave ou sol ou flor
secretamente
ao pé de ti..."
Claro que espero :-)
"Estranho é o sono que não te devolve.
Como é estrangeiro o sossego
de quem não espera recado.
Essa sombra como é a alma
de quem já só por dentro se ilumina
e surpreende
e por fora é
apenas peso de ser tarde.Como é
amargo não poder guardar-te
em chão mais próximo do coração."
Anónimo,
"O que dói
É não poder apagar a tua ausência
e repetir dia após dia os mesmos gestos
O que dói
é o teu nome que ficou como mendigo
Descoberto em cada esquina dos meus versos
O que dói
é tudo e mais aquilo que desteço
Ao tecer para ti novos regressos"
http://www.youtube.com/watch?v=SnRfgCkJrJ8
"para lá de tudo o que pode ser nomeado
fica este lugar onde coloco as horas
que não cabem nos sessenta minutos
dos teus dedos
e é então que traço nos teus olhos
o caminho das noites em que enlouqueço devagar
enquanto a lua te ensina a seguir o atalho
entre árvores e fontes e clareiras
para chegares mais depressa ao fundo do meu corpo
e nele pernoitares até que o dia venha resgatar-te os sonhos"
"estive tão longe de ti
que não pensei sequer lembrar o teu nome
percorri distâncias escuras, estradas imóveis..."
"Em nome do teu nome, invoco o sul do silêncio e arrimo o corpo ao vagar dos teus dedos. Depois, deixo que me invadas, poro a poro,que me cerques, me sacies e que a luz ilícita dos teus olhos me ajuste ao teu abraço."
Anónimo,
"...Escrevo-te
pelo corpo sinto um arrepio de vertigem
que me enche o coração de ausência pavor e saudade
teu rosto é semelhante à noite
a espantosa noite de teu rosto!
corri para o telefone mas não me lembrava do teu número
queria apenas ouvir a tua voz..."
" inventa uma parede
onde possas encostar-me o corpo
pressionado pelo teu.
Uma parede de textura suave.
Uma parede única,
onde nos encontraremos.
Inventa uma parede para o amor."
Anónimo[a]
"...E as janelas fecham-se, as portas fecham-se,
os soalhos erguem-se e estalam. Chove. Por onde
os nossos pés caminham, ficam marcas de giz como
desenhos da nossa morte..."
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