"hay diez centimetros de silencio entre tus manos y mis manos una frontera de palabras no dichas entre tus labios y mis labios y algo que brilla asi de triste entre tus ojos y mis ojos"
"Conheço o sal da tua pele seca depois que o estio se volveu inverno da carne repousando em suor nocturno. ... Conheço o sal que resta em minha mãos como nas praias o perfume fica quando a maré desceu e se retrai."
Por norma não venho aqui, ou à Net aos fins de semana, mas hoje, neste dia, resolvi vir até porque o não poderia deixar passar em branco (ou será que me enganei na data?).
Nem que seja mesmo só deixar-te um poema e um beijo:
"Se um dia regressares, a terra estremecerá na memória de tua ausência. E a água formará um vasto oceano no outro lado do teu olhar. Regressarás, talvez, quando o ar se tornar rubro em redor do meu sono — e o lume das horas, a pouco e pouco, saciar a boca que clama pelo teu nome. Encontrar-nos-emos nas imagens deste jardim de afectos e ódios. Porque os jardins são labirínticas arquitecturas mentais, onde podemos resguardar os corpos de qualquer voragem do tempo. Por isso, enquanto não regressas, construo jardins de areia e cinza, jardins de água e fogo, jardins de minerais e de cassiopeias — mas todos abandono à invasão do tempo e da melancolia. Mas se um dia regressares, passeia-te por dentro do meu corpo. Descobrirás o segredo deste jardim interior — cuja obscuridade e penumbras guardaram intacto o nocturno coração."
Não...não te enganaste na data. Continua a ser a mesma :)
Obrigada:) Ahh..e mais um obrigada pelo bejo e pelo poema do Al Alberto :)
"Invento uma paisagem para estar contigo, gasto os dias a passear pelos campos à espera que voltes da praia. O tempo foi sempre a minha ruína…
Caminho pela imensidão das águas, perco-te. Anoto no caderno: esta noite falaremos sobre uma paixão. Que mais faremos com os corpos?
Tudo abandonei, já não consigo voar com as aves, nem possuo a imagem dos rostos felizes. Não me lembro onde larguei a velha gabardina que nos abrigou tantos invernos. As estrelas cintilam sobre as pedras polidas pelas marés. A cal estalada dos muros revela antigas paisagens. Ignoro se permanecerei aqui muito tempo.
Estávamos em julho, fechei o caderno contigo dentro, nunca mais voltei a apaixonar-me."
12 comentários:
Belíssima imagem,
Um ótimo domingo,
Bjkas
Nota-se q sim!
Alê,
Obrigada pelo comentário :))
Quim,
Onde está o teu blog?? Desapareceu?
"hay diez centimetros de silencio
entre tus manos y mis manos
una frontera de palabras no dichas
entre tus labios y mis labios
y algo que brilla asi de triste
entre tus ojos y mis ojos"
"Conheço o sal da tua pele seca
depois que o estio se volveu inverno
da carne repousando em suor nocturno.
...
Conheço o sal que resta em minha mãos
como nas praias o perfume fica
quando a maré desceu e se retrai."
http://www.youtube.com/watch?v=6WS-CfezdIc
Anónimo,
"A todo o sal conheço que é só teu,
ou é de mim em ti, ou é de ti em mim,
um cristalino pó de amantes enlaçados"
http://www.youtube.com/watch?v=YWKb7q4m6Sk
Por norma não venho aqui, ou à Net aos fins de semana, mas hoje, neste dia, resolvi vir até porque o não poderia deixar passar em branco (ou será que me enganei na data?).
Nem que seja mesmo só deixar-te um poema e um beijo:
"Se um dia regressares, a terra estremecerá na memória de tua ausência. E a água formará um vasto oceano no outro lado do teu olhar.
Regressarás, talvez, quando o ar se tornar rubro em redor do meu sono — e o lume das horas, a pouco e pouco, saciar a boca que clama pelo teu nome.
Encontrar-nos-emos nas imagens deste jardim de afectos e ódios. Porque os jardins são labirínticas arquitecturas mentais, onde podemos resguardar os corpos de qualquer voragem do tempo.
Por isso, enquanto não regressas, construo jardins de areia e cinza, jardins de água e fogo, jardins de minerais e de cassiopeias — mas todos abandono à invasão do tempo e da melancolia.
Mas se um dia regressares, passeia-te por dentro do meu corpo. Descobrirás o segredo deste jardim interior — cuja obscuridade e penumbras guardaram intacto o nocturno coração."
E claro, escolhi esta post porque é a foto mais bonita que tens no blog
Anónimo,
Obrigada :))
Anónimo :)
Não...não te enganaste na data. Continua a ser a mesma :)
Obrigada:) Ahh..e mais um obrigada pelo bejo e pelo poema do Al Alberto :)
"Invento uma paisagem para estar contigo, gasto os dias a passear pelos campos à espera que voltes da praia. O tempo foi sempre a minha ruína…
Caminho pela imensidão das águas, perco-te. Anoto no caderno: esta noite falaremos sobre uma paixão. Que mais faremos com os corpos?
Tudo abandonei, já não consigo voar com as aves, nem possuo a imagem dos rostos felizes. Não me lembro onde larguei a velha gabardina que nos abrigou tantos invernos. As estrelas cintilam sobre as pedras polidas pelas marés. A cal estalada dos muros revela antigas paisagens. Ignoro se permanecerei aqui muito tempo.
Estávamos em julho, fechei o caderno contigo dentro, nunca mais voltei a apaixonar-me."
E, obrigada por te teres lembrado da data :)
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